segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fim

Eis aqui teu poema
Como se usa um gesto
à espera de um beijo
em que se aproveita o resto
Pra saciar desejos

Que renasça o Sol
Quando leres cada verso
E o ponto finde a ação do verbo.

Não será de amor
Nem d'outros sentimentos
Será de brisa
de chuva
de vento
Tormento...

Não lamento!

Jamais será pequeno
Pois é para sempre
Este teu poema
Que lhe entrego em mãos
Sem valer a pena.

Não lhe direi mais
Porque não mais cabe
Continue a lê-lo
Ainda que se acabe.

Autor: Daniele Negreiros

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