sábado, 7 de dezembro de 2019

Sou seu!

Quando desisti de sonhar
Você apareceu
Desfez todo pesar
Surpreendeu

Se aproximou do me eu
E não existe mais eu

Sou seu!


Autor: G. Cardoso

Três hai kai

1. Sinto tristeza
Uma pena não ser burro
Iluminista

2. Lembrete e tal
Não esquece do pão,
Vida de casal

3. O negócio é
Beber como Noé
E ficar de pé

Autor: G. Cardoso

domingo, 1 de dezembro de 2019

Hegel

Um filósofo ensinou
Que a inveja já nos dominou
Ao invés de liberdade
Você quer ser o opressor

E a luta de classe não tem fim
E, é porque, você pensa assim

E esse mesmo pensador
Que é um grande professor
Influenciou um menino
Que fez mudar o mundo todo

E a luta de classe não tem fim
Porque ele ensinou assim

"Regue só o seu jardim..."
É melhor a ignorância sem fim
De que ser um sábio triste
Disse outro pensador

E a luta de classe não tem fim

Mas não tem fim também os sonhos

Não tem fim, não tem fim...

Autor: G. Cardoso

sábado, 30 de março de 2019

União

Melodiosamente flui sua beleza
Quanto disso é só destreza?

Inteligência e esperteza?
Tudo isso, é só sua natureza

Me envolve em pensamentos,
Chateações,
Me aporrinha,
briga...
Eu choro, mas é só a união...

É o casamento
Sem adendo, ou condimento
É o casamento.

Perfeita união dos pares, ou ímpares
Construção da linha paralela
Química fora da periódica tabela
Rima de rios, lagos, e mares

O perfeito, imperfeito...

Autor: G. Cardoso

sábado, 16 de março de 2019

E, quem gritou primeiro?

Quem gritou primeiro?
Foi por dor, ou desespero?
Quem gritou primeiro?
Não tinha ouro, nem dinheiro.
Quem gritou primeiro?
O empresário ou o pedreiro?
Quem gritou primeiro?
Era patriota, e brasileiro.
Quem gritou primeiro
Gritou com vontade para o mundo inteiro
Mas o som parecia vir do bueiro
Gritou mais alto que um desordeiro.
E gritou de fome mais um guerreiro
E gritaram todos, um grito certeiro
Mas foi abafado, o que gritou primeiro
Também o segundo, e o terceiro...

E se não adianta mais gritar
Só nos resta esperar...

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Mito!

O deus da guerra clama por seu sacrifício
Só um país inteiro para acalmar seu vicio
Athena parece não poder fazer nada
Pois a ignorância impera sobre essa manada

Em um navio. Espera Caronte, altivo e belo
Pois um mero barco não atravessaria esse elo
Ares anseia pelos gritos de torturas
Pois naquele país todas as ruas são escuras

E melhor se esconder na escuridão
Um mar de sangue será profunda imensidão
O espelho não refletirá sua alma
Nao existe mais alma, calma, calma

Se o senhor da guerra não gosta de criança
Esconda essas almas com um pingo de esperança

Esconda essas almas.
Se esconda.

Autor: G. Cardoso

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Aqui Jazz

As vezes o acorde do piano
É a mesma melancolia do ser humano.
O trompete da uma nota,
E você esquece sua vida remota.

Interrompe um choro anormal
Um solo de saxofone orquestral.
O metal do trombone ressoa,
E encanta a uma pessoa,

a várias pessoas
pessoas, pessoas

Fernando, o Borjador atravessando

pessoas, pessoas

Guitarra gritando:

Pessoas, pessoas

O jazz se faz de pessoas


Autor: G. Cardoso

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Dostoiévski
Tchaikovsky
Leon Tolstoi
A vodka, não me destroi.

Autor: G. Cardoso

sábado, 26 de novembro de 2016

Sopro de Zéfiro

Zéfiro soprou-te para mim
A ninfa da alegria suprema
Me trouxe asas, não de Ícaro
Asas de sonhos, verdadeira liberdade
Zéfiro soprou, junto a Eros
E você me alcançou
No limite do mundo
Alcançou-me com sabedoria de Atena
Com desejos de Vênus
Alcançou-me.

Autor: G. Cardoso