domingo, 9 de novembro de 2014

Benevolência diabólica, estória do final sem riso.

O mal que assola-nos, outrora fora bem.
O diabo do nosso inferno, fora deus da nossa paz.
Mas, se há demasiada bondade… Sempre há uma duvida que convém.
E o que havia de bondade nas pessoas, aqui jaz.
A estória aqui, nasce através de Helena.
Bela e jovem, moça tão pura quanto uma tênue flor.
Inocente de corpo, alma e coração. Moça da alma serena.
Conhecera um jovem lindo e misterioso, porém d’um grande segredo, era autor.
Eles se apaixonaram, mas para Helena, fora novidade. 
A linda jovem, tinha apenas dezessete. 
Quiçá por culpa de sua ingênua idade.
O jovem misterioso levou-na um ramilhete.
Helena, ficara encantada com tal generosidade.
Ele a encantara, com palavras, gestos, olhares, sem fachada.
Amava flores! Fora conquistada… O rapaz a olhava com tal profundidade.
A moça o olhava com tal honestidade. Mas era ingênua, coitada!
A virgem moça, nem imaginara o que este jovem escondera…
A verdade, é que o moço era um verdadeiro diabo, homem desalmado.
Apesar d’ele ver uma benevolência na moça de alma serena…
Mas o riso da moça impediu-o de fazer algum mal, ele ficara assustado.
Fez de tudo para amá-la de forma boa, sem corrompê-la.
Mas, o diabo -envergonhado- parou. E sentiu que a bondade era terrível…
Pensou que bondade era apenas uma troca… A clemência lhe deu náusea.
Apoderou-se de Helena, que ficaste sem escapatória. Oh, moço horrível!
Sua alma demoníaca, dominou a ingênua e pobre criatura!
E então… Tudo que restou da pobre jovem fora sua sombra.
De alma aprisionada, corpo depravado… Aqui jaz, Helena e sua sombra presa n’uma pintura.

Erika Bernard em Benevolência diabólica, apenas uma estória.


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