Eu queria fazer uma poesia
que fosse clara como a luz do dia
para ser consumida como pão.
Uma poesia assim,
agridoce como a fruta do mato,
pura como a água do regato,
melodiosa como uma canção.
Uma poesia assim,
que trouxesse beleza em cada rima,
para ser cantada no trabalho,
para ser batucada na marmita,
para ser comentada nas esquinas.
Uma poesia assim,
comum e popular como a cachaça
que se bebe barato, que é de graça,
que é do rico, do pobre, do sem nome.
Uma poesia que todos entendessem
como todos entendem a palavra amor,
ou palavra fome...
Autor: Castelo Hanssen
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